Guarda: aparelho de Ressonância Magnética vai servir “toda a Beira Interior”

Ressonancia_Magnetica

O Hospital Sousa Martins, na Guarda, mantém em funcionamento, desde o início desta semana, um aparelho de Ressonância Magnética que deverá servir “toda a Beira Interior”, de acordo com um anúncio feito pelo Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, Carlos Rodrigues.

As declarações surgiram à margem de uma sessão de assinatura de contratos com quatro dos cinco médicos de família que vão prestar serviço em centros de saúde daquela região. O responsável sublinhou que a operacionalização do aparelho exigiu inúmeros testes, representando “um grande investimento”. O equipamento foi instalado em 2014 e nunca funcionou, apesar do investimento realizado na sua aquisição, orçado em 1,3 milhões de euros, de acordo com fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda. Surgiu integrado no novo bloco hospitalar mas, em virtude da escassez de especialistas, e devido ao alegado desaparecimento do hélio necessário ao seu funcionamento, nunca esteve operacional. A direção daquela ULS participou o caso ao Ministério Público distrital e permanece a aguardar os resultados da investigação.

Nas palavras de Carlos Rodrigues, os diversos testes aplicados justificam-se pelo facto de “a ressonância ter necessidade de uma organização da parte do médico especialista. A ressonância já está operacional, mas precisamos de organizar melhor toda a área de Imagiologia”. O trabalho de organização foi realizado em colaboração com os serviços de Imagiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e com o apoio do seu diretor, por ser “uma área relativamente nova e complexa” para o Hospital de Guarda.

O Presidente do Conselho de Administração daquele hospital garantiu ainda ter sido alargado o horário de trabalho ao longo da semana da médica da especialidade em Imagiologia, sendo que “os relatórios mais complexos vão por telemedicina para Coimbra”.

A entrada em funcionamento do aparelho de Ressonância Magnético irá significar maior comodidade para os doentes que até então se viam forçados a realizar os mesmos exames fora do Hospital da Guarda, no setor privado, assumindo “custos bastante altos e com os inconvenientes de os utentes terem de se deslocar”.

Além disto, “toda a política, hoje, de organização do Ministério [da Saúde] é que se internalize o mais possível situações que outrora tinham de se fazer lá fora, nomeadamente análises [exames de] ressonância e outros que se vão aqui fazer em vez de mandar fazer [fora] ”.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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