Rio2016: estudo considera risco de transmissão do vírus do Zika reduzido
DATA
26/07/2016 11:54:54
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Jornal Médico
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Rio2016: estudo considera risco de transmissão do vírus do Zika reduzido

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Investigadores da Universidade de Yale concluíram que o vírus do Zika constitui um risco reduzido para a comunidade internacional durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a realizar no próximo mês.

Tendo em conta as preocupações de alguns atletas que renunciaram à participação no evento devido ao risco de transmissão do vírus, o estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine desmistifica receios, indo ao encontro da posição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende que viajar para o Brasil para os Jogos Olímpicos não constituirá grande ameaça na disseminação internacional do Zika.

"É importante perceber o baixo nível de risco das Olimpíadas no esquema de muitos outros fatores que contribuem para a disseminação internacional do vírus do Zika", disse o principal autor do estudo, Joseph Lewnard.

No cenário mais pessimista, os cientistas estimam que entre os três e 37 dos milhares de atletas, espetadores, jornalistas e comerciantes levem o vírus de volta para os seus países, de acordo com algumas previsões.

Apesar do estudo contradizer a recomendação de cancelamento ou relocalização dos Jogos Olímpicos, por 150 membros da comunidade académica internacional, os investigadores construíram um modelo matemático que teve em conta a atual transmissão do Zika no Rio de Janeiro por condições sazonais, padrões de viagem ou outros fatores. Concluiu-se que mais de metade dos viajantes que se estimam que assiste aos Jogos Olímpicos deverá regressar para países ricos, onde o risco de estabelecimento da transmissão local do vírus é “negligenciável” e que cerca de 30% viajarão para países da América Latina, onde a transmissão já prevalece.

"A possibilidade de viajantes regressados dos Jogos Olímpicos espalharem o Zika tornou-se um assunto polémico”, que causou alguns danos ao evento e condenou o país. Esta investigação pretende provar que “essas preocupações são largamente exageradas", declarou o responsável do Departamento de Epidemiologia na YSPH, Albert Ko.

O Brasil é, atualmente, o país mais afetado pelo vírus Zika e conta receber até 500.000 visitantes neste evento desportivo. Contudo, pelo facto de ser inverno, prevê-se uma atividade reduzida por parte dos mosquitos.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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