Economista indicada para a presidência do Hospital da Terceira
DATA
12/12/2014 12:00:45
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Jornal Médico
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Economista indicada para a presidência do Hospital da Terceira

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O Governo dos Açores indicou a economista Paula Elsa de Carvalho Moniz para a presidência do Conselho de Administração do Hospital de Santo Espírito da ilha Terceira, na sequência da demissão em bloco dos anteriores membros do cargo.

Segundo uma nota do executivo regional, "o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, comunicou à Assembleia Legislativa o nome da economista Paula Elsa de Carvalho Moniz para a Presidência do Conselho de Administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira".

"Esta comunicação enquadra-se no âmbito da nova legislação que prevê a audição prévia pelos deputados dos nomes indicados para a presidência de empresas públicas antes de serem nomeados", acrescenta hoje o Gabinete de Apoio a Comunicação Social (GACS) do executivo açoriano.

A economista é "licenciada em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, da Universidade Técnica de Lisboa, tem uma Pós-Graduação em Economia Europeia, pela Faculdade de Economia da Universidade Católica, e uma larga experiência internacional no sector da banca, nomeadamente na Bélgica e na Dinamarca, onde residiu", segundo o Governo açoriano.

"Exerceu, em diversas instituições bancárias nacionais e internacionais, funções dirigentes na área da banca de investimento e empresarial, gestão de empresas e assessoria, gestão de patrimónios imobiliários e mobiliários e relacionamento com o sector da Saúde, entre outras e foi tutora especializada numa associação sem fins lucrativos dedicada à educação e cuidados continuados", acrescenta a informação do executivo.

A demissão em bloco do conselho de administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira terá surgido na sequência de um processo de averiguação de denúncias feitas pelos enfermeiros do hospital sobre o funcionamento da unidade de cuidados intensivos, segundo a Antena 1/Açores.

A Inspecção Regional da Saúde terá detectado a violação de deveres da administração do hospital, quando analisou, por ordem da tutela, o inquérito interno à actuação da unidade de cuidados intensivos.

CDS-PP diz que Governo açoriano intimidou administração do hospital da Terceira

O líder do CDS-PP/Açores acusou o secretário regional da Saúde de ter intimidado o conselho de administração do hospital da Terceira ao ponto de ele se demitir, mas Luís Cabral negou ter tido interferência nesse processo.

Artur Lima, que falava no parlamento dos Açores, na cidade da Horta, durante um debate de urgência sobre o Serviço Regional de Saúde (SRS) pedido pelo CDS-PP, considerou que o Governo Regional não geriu bem o caso do alegado mau funcionamento da Unidade de Cuidados Intensivos do hospital da Terceira.

José San-Bento, do PS, destacou as qualidades de Paula Moniz, a nova presidente do conselho de administração do hospital, entretanto nomeada pelo Governo Regional.

"É uma dama de ferro. É uma pessoa que tem credibilidade para gerir o hospital", sublinhou, acrescentando que esta opção vai assegurar "exigência, rigor, estabilidade, responsabilidade e confiança" na gestão daquela unidade de saúde.

Paulo Estevão, do PPM, entendeu que desta forma os socialistas revelaram a visão que têm do sector da Saúde.

"Esta dama de ferro é a imagem adequada! O nosso SRS está a ser atacado por um ideia ultraliberal, que está a desmantelar o serviço público que a região oferecia nessa área, em troca de um modelo da dama de ferro", apontou.

Aníbal Pires, do PCP, lamentou, por seu turno, que o Governo Regional tenha levado tanto tempo para demitir o anterior conselho de administração, depois dos relatos sobre os cuidados intensivos.

Uma opinião partilhada por Luís Maurício, do PSD, que considerou que o executivo reagiu tarde, quando se impunha que tivesse actuado de forma mais célere.

Já Zuraida Soares, do BE, entendeu que a reestruturação em curso do SRS revela uma "absoluta desorganização" e voltou a lançar suspeitas sobre alegados interesses privados no negócio da radioterapia nos Açores.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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