Caldas da Rainha cria comissão para acompanhar situação do hospital local
DATA
26/11/2014 11:50:25
AUTOR
Jornal Médico
ETIQUETAS


Caldas da Rainha cria comissão para acompanhar situação do hospital local

hospitaldascaldasdarainha

A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha deliberou criar uma comissão especial de acompanhamento do hospital e solicitar uma reunião de com o ministro da Saúde para discutir soluções para fazer face à degradação dos serviços de saúde.

A comissão, liderada pelo presidente da Assembleia Municipal, Luís Ribeiro (PSD), e que integra elementos de todas as bancadas, foi criada na terça-feira à noite, numa reunião em que todas as forças políticas manifestaram apreensão pela “degradação do hospital” da cidade.

Numa moção aprovada por unanimidade, os deputados referem que vão pedir ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, uma reunião urgente para “procurar soluções para os problemas que põem em causa o funcionamento do hospital” das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

No documento, os deputados consideram que “as sucessivas reorganizações hospitalares têm prejudicado em muito as unidades de saúde das Caldas da Rainha”, cujos hospitais, termal e distrital, foram agregados às unidades de Torres Vedras e Peniche para formar o Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

Uma fusão que a Assembleia Municipal considera ter “contribuído para a degradação da unidade hospitalar, com a redução das suas valências e a quebra de confiança dos cidadãos”.

Além do encerramento dos tratamentos termais no hospital termal devido à presença da bactéria Legionella Não Pneumophila, os deputados contestam “a falta de investimentos” quer nos cuidados de saúde primários quer hospitalares.

As críticas incidem na degradação do edifício do centro de saúde, na falta de médicos e, “em especial, no serviço de urgências e na falta de camas”, situação que todas as bancadas temem que leve à desclassificação das actuais urgências médico-cirúrgicas para urgências básicas.

Na moção, os deputados alegam ainda que a situação se agravou com a demissão da única médica psiquiátrica do hospital, obrigando ao fecho da especialidade e com a redução de médicos da especialidade de obstetrícia, fazendo temer “a possibilidade de encerrar este serviço, total ou parcialmente”.

O documento, que reforça um pedido de reunião ao ministro da Saúde enviado na segunda-feira pelo executivo camarário, contesta, ainda, a situação de 35 enfermeiros contratados através de uma empresa externa e [que] a partir de Dezembro, apesar de prestarem trabalho subordinado, “terão de passar recibo verde”, o que para os deputados é “uma manifesta ilegalidade a que o Ministério da Saúde não pode ficar alheio”.

Além dos pedidos de reunião a Paulo Macedo, a situação do hospital das Caldas da Rainha vai também ser contestada com uma vigília marcada pelos enfermeiros daquela unidade para a manhã de quinta-feira.

O CHO abrange os concelhos das Caldas da Rainha, Torres Vedras, Peniche, Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.

Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo

Terceiro espaço
Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
Terceiro espaço

Qual é a relação entre medicina e arte? Serão universos totalmente distintos? Poderá uma obra de arte ter um efeito “terapêutico”?

Mais lidas

Sem artigos!
Sem artigos!