
A heterogeneidade molecular coloca novos desafios tanto aos patologistas como aos oncologistas. Para o futuro do tratamento oncológico, cada vez mais é determinante a colaboração entre as especialidades, através de uma investigação próxima e da interpretação de resultados conjunta para uma maior aplicabilidade dos conhecimentos da patologia molecular do cancro à prática clínica, referiu a Prof. Doutora Fátima Carneiro no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Madrid.
Em representação da European Society of Pathology (ESP), a directora do Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de São João foi chair da sessão conjunta entre a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) e a ESP, "Biomarcadores para a imuno-oncologia", decorrida no dia 27 de Setembro.
A patologista portuguesa considera que "identificar essa imensidão de informação, através de tecnologias exigentes, as alterações moleculares realmente determinantes para o desenvolvimento e progressão dos tumores, porque são essas as mais aliciantes para constituírem bons alvos terapêuticos" é uma das metas a atingir por todos os profissionais envolvidos, dos investigadores aos clínicos.
A imunoterapia do cancro foi um dos tópicos debatidos na sessão. A consequente reactivação do sistema imunitário possibilita o controlo da neoplasia e a sua conversão em doença crónica. "Conseguir uma terapêutica de uma forma mais transversal, que se possa dirigir a diversos tipos de cancro", como refere a Prof. Doutora Fátima Carneiro, é uma das expectativas projectadas para esta área.
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Qual é a relação entre medicina e arte? Serão universos totalmente distintos? Poderá uma obra de arte ter um efeito “terapêutico”?