Jornal Médico - Intervenções Breves permitem uma redução de 54% no consumo de álcool

Esta &eacute; uma das principais conclus&otilde;es da tese de doutoramento da m&eacute;dica de fam&iacute;lia Cristina Ribeiro. Os dados apontam para uma percentagem de consumidores excessivos, nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, da ordem dos 21% Ter forma&ccedil;&atilde;o ao n&iacute;vel da abordagem de Problemas Ligados ao &Aacute;lcool (PLA) na consulta, aumenta em 54% a taxa de sucesso na redu&ccedil;&atilde;o dos consumos de risco. Esta &eacute; uma das principais conclus&otilde;es da tese de doutoramento da m&eacute;dica de fam&iacute;lia Cristina Ribeiro. Os dados apontam para uma percentagem de consumidores excessivos, nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, da ordem dos 21% Jornal M&eacute;dico de Fam&iacute;lia - Portugal possui um dos consumos mais elevados de &aacute;lcool per capita, da Europa. E a n&iacute;vel mundial, qual &eacute; a nossa posi&ccedil;&atilde;o relativa? Cristina Ribeiro - Portugal ocupa o 8&ordm; lugar do consumo mundial, com cerca de 9,6 litros de etanol per capita, segundo dados do World Drink Trends 2005. Este valor corresponde a 58,7 litros de cerveja, 42 litros de vinho e cerca de 3,3 litros de bebidas destiladas. Todos os estudos epidemiol&oacute;gicos nacionais revelam uma preval&ecirc;ncia de consumidores de bebidas alco&oacute;licas superior a 60% na popula&ccedil;&atilde;o portuguesa, sendo o consumo predominante no g&eacute;nero masculino e nos grupos et&aacute;rios dos 25-45 anos. Qual &eacute; o ponto de situa&ccedil;&atilde;o relativamente &agrave;s faixas et&aacute;rias mais jovens e &agrave;s mulheres? Diversas transforma&ccedil;&otilde;es - nomeadamente econ&oacute;micas, culturais e sociais - condicionaram um aumento da disponibilidade do &aacute;lcool, com altera&ccedil;&otilde;es na quantidade e tipo de bebidas, bem como um aumento do consumo tamb&eacute;m por parte da popula&ccedil;&atilde;o feminina e dos jovens. Estudos recentes revelam um aumento da experimenta&ccedil;&atilde;o do &aacute;lcool por parte das crian&ccedil;as e adolescentes (nomeadamente, do sexo feminino), a mistura de &aacute;lcool com outras drogas e a exist&ecirc;ncia de padr&otilde;es de consumo de alto risco, como a embriaguez e o binge drinking. A mais significativa mudan&ccedil;a nos h&aacute;bitos de consumo de bebidas alco&oacute;licas pelos jovens, nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas - e acentuada nos anos mais recentes - prende-se com o tipo de bebida preferida. As novas marcas de produtos alco&oacute;licos t&ecirc;m elevado teor de etanol, sabores sofisticados e utilizam imagens e logos com que os jovens se identificam facilmente e dos quais se tornam adeptos com facilidade. Os jovens s&atilde;o mais suscept&iacute;veis de sofrer problemas f&iacute;sicos, emocionais e sociais, decorrentes do abuso de &aacute;lcool. O consumo de alto risco est&aacute; fortemente relacionado com viol&ecirc;ncia, comportamentos sexuais de risco, acidentes de via&ccedil;&atilde;o e outros. Os custos econ&oacute;micos, sociais e de sa&uacute;de dos problemas ligados ao &aacute;lcool entre os jovens constituem um significativo peso para a sociedade. No que diz respeito &agrave;s mulheres, tem-se verificado uma tend&ecirc;ncia para um aumento da percentagem de jovens do sexo feminino consumidora de bebidas alco&oacute;licas, designadamente de bebidas destiladas, sob a forma de shots. A situa&ccedil;&atilde;o &eacute; preocupante, tendo em conta a maior vulnerabilidade, quer f&iacute;sica, quer psicol&oacute;gica, que apresentam relativamente ao &aacute;lcool. Tendo em conta a idade f&eacute;rtil deste grupo et&aacute;rio, h&aacute; que estar particularmente atento &agrave;s repercuss&otilde;es dos consumos durante a gravidez. A toxicidade do &aacute;lcool faz-se sentir ao longo de todo o per&iacute;odo de gesta&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o existe evid&ecirc;ncia de um "limiar" de consumo de bebidas alco&oacute;licas, abaixo do qual o consumo n&atilde;o constitua um risco. De que forma o seu trabalho de doutoramento poder&aacute; contribuir para a resolu&ccedil;&atilde;o dos Problemas Ligados ao consumo de &Aacute;lcool, no &acirc;mbito dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios? Para al&eacute;m da import&acirc;ncia da detec&ccedil;&atilde;o precoce, o projecto europeu PHEPA - Primary Health European Project on Alcohol - destaca o modelo de Interven&ccedil;&atilde;o Breve de base motivacional como forma de aconselhamento eficaz na redu&ccedil;&atilde;o dos consumos. A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de tem feito um investimento na forma&ccedil;&atilde;o e treino de profissionais dos CSP, nomeadamente dos m&eacute;dicos, com a implementa&ccedil;&atilde;o de um programa formativo estruturado. Os principais estudos mundiais permitem concluir que cinco a dez minutos de interven&ccedil;&atilde;o de um m&eacute;dico de fam&iacute;lia e o fornecimento de um folheto de educa&ccedil;&atilde;o para a sa&uacute;de sobre o &aacute;lcool, conduz a uma redu&ccedil;&atilde;o de 25 a 35% no consumo, em seis meses a um ano, e a uma diminui&ccedil;&atilde;o na propor&ccedil;&atilde;o de bebedores excessivos da ordem dos 45%. Pretende-se, em Portugal, e tendo em conta os resultados da implementa&ccedil;&atilde;o e da avalia&ccedil;&atilde;o do programa a n&iacute;vel da OMS, promover a forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, de modo a aumentar as suas aptid&otilde;es e compet&ecirc;ncias na gest&atilde;o dos consumos de &aacute;lcool. O meu trabalho visou analisar quais as atitudes dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia em rela&ccedil;&atilde;o a esta problem&aacute;tica e, ainda, determinar a efectividade das Interven&ccedil;&otilde;es Breves realizadas por m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, no sentido da redu&ccedil;&atilde;o dos consumos de &aacute;lcool, ap&oacute;s a identifica&ccedil;&atilde;o de consumidores excessivos. Encontrando-se no primeiro n&iacute;vel da abordagem em termos de sa&uacute;de, os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia poder&atilde;o identificar os seus doentes com PLA, decidir quem necessita ser referenciado e quem poder&aacute; beneficiar de uma Interven&ccedil;&atilde;o Breve. De que forma foi estruturado o seu trabalho de doutoramento? Uma primeira etapa consistiu na aferi&ccedil;&atilde;o do question&aacute;rio sobre atitudes (SAAPPQ - Short Alcohol and Alcohol Problems Perception Questionnaire) e caracteriza&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos do distrito de Lisboa perante os Problemas Ligados ao consumo de &Aacute;lcool, cujo resultado mais premente foi a necessidade de forma&ccedil;&atilde;o nesta &aacute;rea. A segunda etapa consistiu na prepara&ccedil;&atilde;o dos materiais de forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos, de acordo com o modelo do projecto PHEPA. Durante todo este processo, h&aacute; que valorizar a import&acirc;ncia do projecto europeu que, pela sua especificidade e oportunidade, permitiu que o meu trabalho de doutoramento fosse enriquecido e viabilizado, atrav&eacute;s da produ&ccedil;&atilde;o de todo um conjunto de materiais facilitadores. A terceira etapa consistiu na forma&ccedil;&atilde;o de m&eacute;dicos e no trabalho de campo, com a colabora&ccedil;&atilde;o desses m&eacute;dicos na detec&ccedil;&atilde;o e interven&ccedil;&atilde;o junto de consumidores excessivos de &aacute;lcool das suas listas de doentes. A import&acirc;ncia da forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos constitui, portanto, um dos elementos fundamentais da sua tese? Repare, a Medicina Geral e Familiar &eacute; uma especialidade que constitui uma unidade coerente, combinando as ci&ecirc;ncias do comportamento com as tradicionais ci&ecirc;ncias biol&oacute;gicas e cl&iacute;nicas. Este n&uacute;cleo de conhecimentos prepara o m&eacute;dico de fam&iacute;lia como um profissional com actua&ccedil;&atilde;o personalizada, que coordena a presta&ccedil;&atilde;o de cuidados globais para o papel &uacute;nico da gest&atilde;o da sa&uacute;de dos doentes, a resolu&ccedil;&atilde;o dos seus problemas de sa&uacute;de e para o aconselhamento. A actividade formativa dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia dever&aacute; ter em conta a permanente integra&ccedil;&atilde;o entre a pr&aacute;tica, a forma&ccedil;&atilde;o permanente e a investiga&ccedil;&atilde;o educacional que suporta todo o processo formativo, assim como as suas inter-rela&ccedil;&otilde;es. O processo formativo deve contribuir para a resolu&ccedil;&atilde;o de problemas que se colocam no exerc&iacute;cio da Medicina Geral e Familiar, motivando o m&eacute;dico para o reconhecimento dos factores f&iacute;sicos, psicol&oacute;gicos, sociais, laborais e familiares relacionados com a sa&uacute;de e a doen&ccedil;a. Estas finalidades ter&atilde;o como objectivos pedag&oacute;gicos pr&oacute;prios, o desenvolvimento de compet&ecirc;ncias no contexto da pr&aacute;tica cl&iacute;nica com as especificidades da MGF. Para que estas dimens&otilde;es sejam tidas em conta, s&atilde;o necess&aacute;rias estrat&eacute;gias bem definidas, utilizando o refor&ccedil;o da pr&aacute;tica. Estas estrat&eacute;gias melhoram, de forma consistente, o desempenho do m&eacute;dico e, de alguma maneira, os resultados dos cuidados prestados. Na sua investiga&ccedil;&atilde;o, conclui que a forma&ccedil;&atilde;o e treino de compet&ecirc;ncias dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia na abordagem dos Problemas Ligados ao &Aacute;lcool, influencia positivamente a diminui&ccedil;&atilde;o do consumo de &aacute;lcool por parte dos doentes. Como foi delineada essa forma&ccedil;&atilde;o e m&eacute;todos de aprendizagem? A transfer&ecirc;ncia do apreendido para a pr&aacute;tica cl&iacute;nica envolve uma variedade de dimens&otilde;es que v&atilde;o desde a personalidade at&eacute; &agrave;s motiva&ccedil;&otilde;es, atitudes, comportamentos e tamb&eacute;m aspectos ao n&iacute;vel das organiza&ccedil;&otilde;es, onde os profissionais dever&atilde;o integrar os contributos da pr&oacute;pria forma&ccedil;&atilde;o. Para a forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos no contexto do doutoramento, afigurou-se necess&aacute;rio conceber um programa de forma&ccedil;&atilde;o com conte&uacute;dos que fossem adequados e com uma metodologia de forma&ccedil;&atilde;o apropriada ao objectivo a que se destinava, seguindo as directrizes do Projecto PHEPA. Os m&eacute;todos de aprendizagem corresponderam &agrave; aprendizagem activa para adultos, de modo a proporcionar a aplica&ccedil;&atilde;o do apreendido na pr&aacute;tica di&aacute;ria e integrando, de prefer&ecirc;ncia, m&eacute;todos que recorressem a normas de orienta&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nicas baseadas em evid&ecirc;ncia cient&iacute;fica, estrat&eacute;gias de capacita&ccedil;&atilde;o e de refor&ccedil;o da pr&aacute;tica. O modo como os materiais de forma&ccedil;&atilde;o foram adaptados, com conte&uacute;dos que foram ao encontro do programa de forma&ccedil;&atilde;o, permitiu preparar um pacote formativo onde constam todos os conte&uacute;dos e o modo como pode ser utilizado pelo profissional de sa&uacute;de. Existe tamb&eacute;m um outro pacote, a ser utilizado pelo futuro formador, com exerc&iacute;cios de treino, slides e casos para discuss&atilde;o em videograma. Quais as principais conclus&otilde;es no que se refere &agrave;s atitudes e comportamentos dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia relativamente a esta problem&aacute;tica? Os resultados da minha investiga&ccedil;&atilde;o revelam uma grande homogeneidade entre os grupos de m&eacute;dicos face &agrave;s dificuldades sentidas em lidar com doentes com PLA. Os m&eacute;dicos do grupo experimental sentiam-se mais motivados (71% versus 29%), com mais auto-estima (79% versus 44%) e mais satisfeitos (32% versus 9%) do que os do grupo controlo. A elabora&ccedil;&atilde;o deste estudo de percep&ccedil;&atilde;o de atitudes constitui um elemento b&aacute;sico na primeira fase de um programa de forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia na abordagem dos PLA. V&aacute;rios estudos confirmam que se os profissionais receberem forma&ccedil;&atilde;o complementar p&oacute;s-graduada, existe um aumento da toler&acirc;ncia e empatia em rela&ccedil;&atilde;o a estes doentes, o que se repercute numa maior taxa de detec&ccedil;&atilde;o e interven&ccedil;&atilde;o As maiores dificuldades para abordar estes problemas na consulta s&atilde;o a falta de forma&ccedil;&atilde;o adequada e de tempo suficiente. Todos estes resultados apontam para o facto de a forma&ccedil;&atilde;o ser um eixo fundamental, a n&iacute;vel dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. As atitudes pessoais e a predisposi&ccedil;&atilde;o para actuar adequadamente, s&atilde;o melhores quando complementadas por conhecimentos adequados e compet&ecirc;ncias de interven&ccedil;&atilde;o melhoradas. Qual &eacute; o impacto das interven&ccedil;&otilde;es breves no que diz respeito aos doentes? O principal resultado deste estudo foi demonstrar que a Interven&ccedil;&atilde;o Breve, realizada ap&oacute;s a detec&ccedil;&atilde;o dos doentes de alto risco pelo AUDIT (Alchool Use Disorders Identification Test), permite reduzir os consumos. A percentagem deste tipo de consumidores, nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, &eacute; de cerca de 21%, o que coincide com os resultados de outros estudos europeus que referem percentagens da ordem dos 20%. Doentes do grupo experimental revelaram uma maior associa&ccedil;&atilde;o a certos problemas de sa&uacute;de, como a altera&ccedil;&atilde;o do metabolismo dos l&iacute;pidos (40% versus 28%), consumo de tabaco (28% versus 15%) e diabetes tipo II (17% versus 11%), uma maior propor&ccedil;&atilde;o de antecedentes familiares de alcoolismo e uma m&eacute;dia de idade de in&iacute;cio de consumo inferior &agrave; dos doentes do grupo experimental, sem consumo de risco. No estudo, observou-se que ser seguido por um m&eacute;dico com forma&ccedil;&atilde;o em Interven&ccedil;&otilde;es Breves, aumenta em 54% a taxa de sucesso na redu&ccedil;&atilde;o dos consumos. Perante estas evid&ecirc;ncias pode propor-se a aplica&ccedil;&atilde;o do AUDIT, seguida de Interven&ccedil;&atilde;o Breve, como uma ferramenta para reduzir o consumo de &aacute;lcool e os problemas relacionados com o seu uso, nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. Os profissionais de sa&uacute;de deveriam usar rotineiramente um procedimento de avalia&ccedil;&atilde;o que permita determinar se os doentes t&ecirc;m consumos de &aacute;lcool que podem condicionar a sua sa&uacute;de. Por outro lado, a forma&ccedil;&atilde;o dirigida nesta &aacute;rea permitiu que os profissionais de sa&uacute;de melhorassem algumas dimens&otilde;es da sua percep&ccedil;&atilde;o de atitudes em rela&ccedil;&atilde;o ao consumo de bebidas alco&oacute;licas dos doentes que assistem. A forma&ccedil;&atilde;o de outros t&eacute;cnicos - psic&oacute;logos cl&iacute;nicos, assistentes sociais e enfermeiros - pode permitir adequar o trabalho em equipa, com a utiliza&ccedil;&atilde;o de instrumentos de detec&ccedil;&atilde;o e o retorno de informa&ccedil;&atilde;o aos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, facilitando deste modo uma interven&ccedil;&atilde;o o mais proactiva poss&iacute;vel no sentido da preven&ccedil;&atilde;o destes problemas. Defende, desde sempre, a implementa&ccedil;&atilde;o de um modelo de liga&ccedil;&atilde;o mais efectivo entre os cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios e outros n&iacute;veis de cuidados. Mas, de que modo? A articula&ccedil;&atilde;o entre servi&ccedil;os, nomeadamente entre os cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios e secund&aacute;rios, proporcionar&aacute; uma continuidade e integra&ccedil;&atilde;o na presta&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de, resultando numa gest&atilde;o mais apropriada dos PLA, atrav&eacute;s de estrat&eacute;gias de colabora&ccedil;&atilde;o, integra&ccedil;&atilde;o e redefini&ccedil;&atilde;o de pap&eacute;is. &Eacute;, pois, pertinente, prever um plano de forma&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua que permita responder &agrave;s necessidades de conhecimento, aumento das compet&ecirc;ncias, mudan&ccedil;a de atitude e comportamento profissional dos t&eacute;cnicos de sa&uacute;de, promovendo a aquisi&ccedil;&atilde;o de saber. &Eacute; importante estabelecer modelos de liga&ccedil;&atilde;o colaborativos entre os servi&ccedil;os de sa&uacute;de que tratam problemas ligados ao consumo de &aacute;lcool e os CSP. Tamb&eacute;m &eacute; essencial um melhor conhecimento da realidade dos n&iacute;veis de consumo e dos PLA nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, pelo que seria necess&aacute;rio lan&ccedil;ar novos desafios &agrave; organiza&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os, no sentido de uma maior qualidade na detec&ccedil;&atilde;o e interven&ccedil;&atilde;o junto dos doentes.

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