Jornal Médico - Equipa avança…quatro anos depois da candidatura!

A USF Garcia de Orta iniciou a sua actividade no passado dia 30 de Dezembro, quatro anos ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o da candidatura a unidade de sa&uacute;de familiar... A USF Garcia de Orta iniciou a sua actividade no passado dia 30 de Dezembro, quatro anos ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o da candidatura a unidade de sa&uacute;de familiar. Da USF fazem parte quatro dos m&eacute;dicos que, em 1998, se propuseram constituir um RRE (Regime Remunerat&oacute;rio Experimental), na Foz do Douro (Porto) . Tal como sucedeu a outras equipas, tamb&eacute;m este RRE, apesar de aprovado, acabaria por nunca ter a oportunidade de avan&ccedil;ar no terreno Do "n&uacute;cleo duro" do RRE fazem parte os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia Marco Geraldes, Gra&ccedil;a Azevedo, Cristina Lopes e Manuela Soeiro. No total, a USF integra dez m&eacute;dicos (tr&ecirc;s dos quais aguardam pelo processo de mobilidade, o qual dever&aacute; concretizar-se, o mais tardar, em Mar&ccedil;o do pr&oacute;ximo ano), 10 enfermeiros (oito dos quais j&aacute; se encontram na USF) e sete secret&aacute;rios cl&iacute;nicos. Tamb&eacute;m nesta &aacute;rea profissional, a equipa arranca com menos dois profissionais... Que dever&atilde;o chegar no primeiro trimestre do pr&oacute;ximo ano. Relativamente &agrave;s raz&otilde;es que motivaram a decis&atilde;o de avan&ccedil;ar para o novo modelo, Marco Geraldes n&atilde;o hesita: "para n&oacute;s, a candidatura a USF surgiu quase como que um processo natural, decorrente da actividade que desenvolvemos h&aacute; cerca de vinte anos". O respons&aacute;vel da nova unidade assinala ainda que muitos dos processos e m&eacute;todos de trabalho preconizados pelas unidades de sa&uacute;de familiar j&aacute; eram utilizados pelos profissionais que, em 1998, se candidataram ao RRE. Instala&ccedil;&otilde;es foram o principal obst&aacute;culo O processo de constitui&ccedil;&atilde;o da USF Garcia de Orta - a sexta candidatura a n&iacute;vel nacional e a segunda da ARS Norte - foi "longo e complicado". A maior dificuldade consistiu, de acordo com o coordenador da unidade, em encontrar um espa&ccedil;o adequado a uma unidade de sa&uacute;de familiar que, no total, integra 27 profissionais de sa&uacute;de. O pre&ccedil;o dos im&oacute;veis foi, de facto, o principal obst&aacute;culo encontrado pela equipa. "Tendo em conta a nossa experi&ecirc;ncia anterior e apesar de alguma resist&ecirc;ncia conceptual por parte da Equipa Regional de Apoio (ERA), sempre ach&aacute;mos que, dez, era o n&uacute;mero ideal de m&eacute;dicos para se conseguir uma boa capacidade de resposta e organiza&ccedil;&atilde;o do trabalho. E para uma equipa t&atilde;o grande, n&atilde;o foi f&aacute;cil encontrar o espa&ccedil;o adequado". Esta longa espera seria vivida com alguma ang&uacute;stia pelos profissionais. Dois m&eacute;dicos da equipa inicial atingiram, entretanto, a idade da reforma. "Mas o cuore do projecto nunca desistiu e, apesar das dificuldades, nenhum de n&oacute;s pensou voltar atr&aacute;s", explica o coordenador, acrescentando ser este o seu "projecto de vida". Com efeito, desde a d&eacute;cada de 80, com o ministro Paulo Mendo, que o m&eacute;dico de fam&iacute;lia defende o trabalho em equipa, a remunera&ccedil;&atilde;o ligada ao desempenho e a gest&atilde;o por objectivos. "A constitui&ccedil;&atilde;o da USF constitui o culminar da l&oacute;gica do processo" inerente &agrave; reforma dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. Sete mil utentes v&atilde;o passar a ter m&eacute;dico de fam&iacute;lia atribu&iacute;do O espa&ccedil;o encontrado para a USF - e que resultou, n&atilde;o s&oacute; do empenho da equipa da USF mas tamb&eacute;m, segundo o coordenador, da ARS Norte - deixou os profissionais satisfeitos. Com cerca de 600 m2, est&aacute; perfeitamente apto a responder &agrave;s solicita&ccedil;&otilde;es dos profissionais e dos milhares de utentes abrangidos pela equipa. No momento em que a USF come&ccedil;ar a funcionar em pleno, ir&aacute; abranger 17 mil pessoas. Destes, cerca de sete mil n&atilde;o tinham m&eacute;dico de fam&iacute;lia atribu&iacute;do. A USF - a sexta candidatura a n&iacute;vel nacional e a segunda da ARS Norte - foi inaugurada no final de Dezembro pelo secret&aacute;rio de Estado da Sa&uacute;de, Manuel Pizarro Enquanto aguarda a chegada de tr&ecirc;s m&eacute;dicos para completar a equipa (duas ex-internas do Centro de Sa&uacute;de de Foz do Douro e uma m&eacute;dica do CS de Bar&atilde;o do Corvo), a USF come&ccedil;a j&aacute; por se responsabilizar pelo atendimento dos cerca de dois mil utentes que ir&atilde;o ser atribu&iacute;dos &agrave;queles cl&iacute;nicos. Para tal, a actual equipa m&eacute;dica ter&aacute; que retirar v&aacute;rias horas do seu hor&aacute;rio para as dedicar a esta popula&ccedil;&atilde;o. Modelo B &eacute; um dos objectivos... Para breve Para al&eacute;m da consolida&ccedil;&atilde;o da equipa, Marco Geraldes refere que um dos objectivos ser&aacute; "avan&ccedil;ar para Modelo B, t&atilde;o r&aacute;pido quanto poss&iacute;vel", at&eacute; porque "esse &eacute; um factor que considero essencial para a coes&atilde;o do grupo". A maioria dos m&eacute;dicos tem uma carga hor&aacute;ria de 42 horas, ou seja, "n&atilde;o ir&aacute; ter qualquer benef&iacute;cio do ponto de vista financeiro". Mas no que se refere aos restantes profissionais, o coordenador defende que "ser&aacute; justo que, se forem atingidos os objectivos comuns &agrave; equipa, recebam o respectivo incentivo".

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