Jornal Médico - USF Farol: equipa “em esforço”, mas muito motivada!

"Finalmente!". Numa s&oacute; palavra se resume o estado de esp&iacute;rito da equipa da USF Farol no dia da entrada em funcionamento da unidade algarvia. Fez h&aacute; dias 1 ano. Numa regi&atilde;o onde o mar domina a paisagem, a cultura e as gentes... &Eacute; natural que abundem as refer&ecirc;ncias mar&iacute;timas... Uma delas nasceu a 30 de Dezembro de 2008, no Centro de Sa&uacute;de de Faro... Logo baptizada com o nome de Farol. Fez hoje um ano. Servir de refer&ecirc;ncia e orientar &eacute; a principal miss&atilde;o deste guia nocturno de navegantes - uma tarefa que os nove m&eacute;dicos, nove enfermeiros e sete secret&aacute;rios cl&iacute;nicos da USF Farol tamb&eacute;m assumem como essencial na presta&ccedil;&atilde;o de cuidados aos cerca de 13 mil utentes a que assistem "Finalmente!". Numa s&oacute; palavra se resume o estado de esp&iacute;rito da equipa da USF Farol no dia da entrada em funcionamento da unidade algarvia. Depois de in&uacute;meros meses de trabalho e muitas noites em claro, "a alegria, o al&iacute;vio e a vontade de come&ccedil;ar esta aventura" marcaram o pen&uacute;ltimo dia do ano de 2008, recorda a coordenadora da equipa, Helena Boavida. "Tudo era novidade para n&oacute;s! Por exemplo, n&atilde;o sab&iacute;amos que equipamentos e material solicitar, nem em que formato faz&ecirc;-lo... Tivemos v&aacute;rias reuni&otilde;es fora de horas, onde esgot&aacute;vamos as nossas reservas de rebu&ccedil;ados, chocolates e bolachas, e muito trabalho f&iacute;sico em arruma&ccedil;&otilde;es", lembra a m&eacute;dica. &Eacute; por isso que a coordenadora deixa uma sugest&atilde;o &agrave;s Equipas Regionais de Apoio (ERA) da Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios (MCSP): "d&ecirc;em algum apoio adicional na fase de candidatura e de elabora&ccedil;&atilde;o dos documentos necess&aacute;rios &agrave; mesma dando algumas indica&ccedil;&otilde;es sobre algumas especificidades destas solicita&ccedil;&otilde;es. &Eacute; que, para os profissionais, muito desta reforma &eacute; &lsquo;uma primeira vez' e as d&uacute;vidas multiplicam-se a cada momento do caminho". A mobilidade dos profissionais foi a maior dor de cabe&ccedil;a no processo de constitui&ccedil;&atilde;o da unidade de sa&uacute;de familiar (USF) que s&oacute; desde Novembro deste ano conta com os nove m&eacute;dicos de fam&iacute;lia (MF) previstos na sua candidatura. Para al&eacute;m dos profissionais do Centro de Sa&uacute;de (CS) de Faro, foram convidados a integrar a equipa dois m&eacute;dicos de CS vizinhos, uma enfermeira de outro CS e um enfermeiro do Hospital de Faro. &Agrave; aus&ecirc;ncia do nono m&eacute;dico associou-se a licen&ccedil;a de maternidade de uma das m&eacute;dicas desde Julho e aus&ecirc;ncias por doen&ccedil;a transit&oacute;ria de outros profissionais em tempo de f&eacute;rias, o que implicou trabalhar "em esfor&ccedil;o" durante algum tempo. "Ao ponto de sermos tr&ecirc;s m&eacute;dicos (dois dos quais em meio-tempo!) a assegurar o trabalho de oito! Mas, a sentirmo-nos que um grupo se testa nessas alturas, pois ao trabalharmos todos por todos implica per&iacute;odos de trabalho mais intenso, seguido do descanso merecido!", sublinha a coordenadora da equipa. Criatividade em prol da qualidade De acordo com Helena Boavida, o que levou os profissionais da USF Farol a aderirem &agrave; reforma dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP) foi a possibilidade de auto-constitui&ccedil;&atilde;o de um grupo de profissionais em equipa multidisciplinar, motivada para dar a melhor resposta poss&iacute;vel &agrave;s necessidades em sa&uacute;de da popula&ccedil;&atilde;o. "Constitui para n&oacute;s uma oportunidade de partilhar tarefas, multiplicar entusiasmo e potenciar a criatividade, revertendo sobre a qualidade e quantidade de servi&ccedil;os prestados aos utentes", afirma a m&eacute;dica de fam&iacute;lia. E a popula&ccedil;&atilde;o, garante, respondeu positivamente &agrave;s mudan&ccedil;as de organiza&ccedil;&atilde;o, reconhecendo as mais-valias introduzidas em termos de acessibilidade. "A acessibilidade f&iacute;sica est&aacute; garantida. H&aacute; uma rede de transportes p&uacute;blicos na cidade com paragem &agrave; frente do CS. No que toca &agrave; marca&ccedil;&atilde;o das consultas, &eacute; feita presencialmente ou por telefone. Para breve, est&aacute; ainda previsto o lan&ccedil;amento do nosso website", destaca. Para j&aacute;, a USF Farol faz jus ao seu nome, procurando ser "uma luz que ilumina, guia e orienta os seus utentes, capacitando-os e responsabilizando-os pelo seu estado de sa&uacute;de, dando resposta em caso de doen&ccedil;a aguda, olhando para o doente, a fam&iacute;lia e a comunidade", diz a coordenadora. Esta vontade de ser vista como um ponto de refer&ecirc;ncia levou a equipa a escolher o elemento mar&iacute;timo como designa&ccedil;&atilde;o da unidade de sa&uacute;de familiar. Outra raz&atilde;o para a escolha deste nome foi o facto da palavra farol integrar, em si mesma, uma outra palavra que muito diz &agrave; equipa: Faro - a cidade que acolhe a USF. Nesta unidade de sa&uacute;de familiar algarvia, "cada utente &eacute; avaliado como um todo, inserido na sua fam&iacute;lia, desde que nasce at&eacute; &agrave; velhice. &Eacute; acompanhado na USF, mas se necess&aacute;rio este acompanhamento estende-se ao domic&iacute;lio", refere Helena Boavida. &Eacute; precisamente aqui que o trabalho dos elementos da equipa de enfermagem se reveste de ainda maior import&acirc;ncia. Na USF Farol, "cada enfermeiro est&aacute; ligado &agrave; lista de utentes do m&eacute;dico com quem forma equipa. Uma vez que na unidade h&aacute; regime de inter-substitui&ccedil;&atilde;o, o acompanhamento pelo enfermeiro de fam&iacute;lia &eacute; assegurado por outros enfermeiros da USF, em caso de aus&ecirc;ncia deste", explica a m&eacute;dica. Cor e design "aquecem" espa&ccedil;o A USF Farol funciona em dois m&oacute;dulos de consulta do CS de Faro, devidamente adaptados para o efeito. Aquando das obras de adapta&ccedil;&atilde;o, a equipa contou com apoio de uma t&eacute;cnica de design "que idealizou uma linha de cores e de altera&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias dos espa&ccedil;os existentes, que mudaram de forma marcante a fisionomia das instala&ccedil;&otilde;es: divis&oacute;rias envidra&ccedil;adas foram retiradas alargando a sala de espera, portas castanhas e paredes brancas deram espa&ccedil;o a espa&ccedil;os pintados de cores repousantes (alfazema, azul, lil&aacute;s). Em cada gabinete, a pintura de uma parede e a porta do gabinete com estas cores deu a toda a unidade uma mesma identidade repousante e convidativa, que contrasta com os tons frios de antes". No que diz respeito ao equipamento necess&aacute;rio ao funcionamento da unidade de sa&uacute;de familiar, esta equipa algarvia j&aacute; recebeu o material mais importante. No entanto, ficam a faltar alguns equipamentos de base como o ar condicionado na sala de espera dos utentes, uma fotocopiadora! Ainda assim, a coordenadora destaca a ac&ccedil;&atilde;o facilitadora que a Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de (ARS) teve na resposta aos pedidos da equipa - quer ao n&iacute;vel da adapta&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o f&iacute;sico, quer no que toca aos equipamentos - e reconhece o "importante esfor&ccedil;o or&ccedil;amental e o voto de confian&ccedil;a depositado pelas autoridades nos profissionais". Actividades "entre portas" e "mais al&eacute;m"! "Este espa&ccedil;o foi programado em fun&ccedil;&atilde;o das nossas actividades e trabalho", sublinha Helena Boavida, "mesmo se &agrave; boa maneira portuguesa, como bons vizinhos, acolhemos transitoriamente a consulta de cessa&ccedil;&atilde;o tab&aacute;gica e recentemente a vacina&ccedil;&atilde;o da gripe A por limita&ccedil;&otilde;es log&iacute;sticas do CS de Faro". Para al&eacute;m do trabalho di&aacute;rio da USF, a equipa vai receber internos de Medicina Geral e Familiar (MGF) - em Janeiro ser&atilde;o cinco -, e j&aacute; tem alguns internos do Ano Comum e de Pediatria, bem como alunos da Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve (actualmente quatro) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o que "faz com que todo o espa&ccedil;o seja necess&aacute;rio e j&aacute; v&aacute; sendo limitado para acolher tantos m&eacute;dicos em forma&ccedil;&atilde;o. As condi&ccedil;&otilde;es log&iacute;sticas e de tempo protegido para a forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica s&atilde;o ali&aacute;s uma pedra base essencial para o seu bom sucesso", sublinha a m&eacute;dica coordenadora. Com a equipa "a meio g&aacute;s", a actividade da USF neste primeiro ano de funcionamento tem sido maioritariamente entre portas... Por&eacute;m, t&ecirc;m sido v&aacute;rias as actividades al&eacute;m da assistencial: entre elas a presen&ccedil;a a convite de um urologista, alergologista e reumatologista do hospital de refer&ecirc;ncia. "Elabor&aacute;mos previamente um conjunto de quest&otilde;es, casos cl&iacute;nicos espec&iacute;ficos a discutir ou doentes seleccionados para observa&ccedil;&atilde;o conjunta. No dia da visita destes colegas &agrave; unidade, promovemos um almo&ccedil;o de trabalho e discuss&atilde;o informal, com todos os profissionais, em que cada m&eacute;dico/enfermeiro pode, individualmente ou em grupo, esclarecer d&uacute;vidas", explica Helena Boavida. "&Eacute; um projecto que representa, sem d&uacute;vida, uma mais-valia para os nossos utentes", sublinha a m&eacute;dica, para quem o estabelecimento de consensos em termos de articula&ccedil;&atilde;o entre os dois n&iacute;veis de cuidados - prim&aacute;rios e hospitalares - &eacute; fundamental. "Gostar&iacute;amos que esta vis&atilde;o partilhada dos cuidados aos doentes pudesse ser extrapolada muito al&eacute;m da nossa unidade de sa&uacute;de familiar, para toda a regi&atilde;o", sustenta, a este prop&oacute;sito. Projectos que envolvem a comunidade Neste primeiro ano de actividade, foi ainda poss&iacute;vel "levar a USF" &agrave;s Jornadas de Pediatria do Hospital de Faro com o tema Filhos de Imigrantes numa USF, do qual surgiu o projecto de realiza&ccedil;&atilde;o de um folheto na &aacute;rea de Sa&uacute;de Infantil. A equipa da USF Farol tamb&eacute;m participou nas Jornadas Regionais de Cardiologia, no Congresso Portugu&ecirc;s da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade e nas Jornadas Regionais de Reumatologia, onde partilhou a sua realidade enquanto unidade de sa&uacute;de familiar e o ponto de vista dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios no que toca &agrave; articula&ccedil;&atilde;o com cuidados secund&aacute;rios. Para al&eacute;m disso, a USF Farol foi seleccionada - em conjunto com outras 11 unidades de CSP a n&iacute;vel nacional - para a realiza&ccedil;&atilde;o da campanha Ganhar Sa&uacute;de, promovida pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia em colabora&ccedil;&atilde;o com a Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa dos M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral e o apoio da Novartis. A cada utente acima dos 18 anos que recorreu &agrave; USF durante os tr&ecirc;s dias da campanha foi oferecida uma avalia&ccedil;&atilde;o dos seus factores de risco cardiovascular e feito um aconselhamento que pressupunha o envolvimento pessoal de cada utente: limitar a ingest&atilde;o de gorduras e a&ccedil;&uacute;cares, aumentar a actividade f&iacute;sica, sorrir mais, combater o stress... Passadas seis semanas foi feita uma reavalia&ccedil;&atilde;o dos par&acirc;metros anteriormente avaliados e "foi impressionante a alegria dos utentes na constata&ccedil;&atilde;o da perda de cent&iacute;metros de per&iacute;metro de cintura, de gramas de peso ou de mil&iacute;metros de merc&uacute;rio na tens&atilde;o arterial. O capacitar os doentes deu-lhes uma autonomia que se traduzir&aacute;, certamente, em mais sa&uacute;de no seu futuro!", destaca a coordenadora. Para al&eacute;m das metas comuns a todas as unidades de sa&uacute;de familiar, a USF Farol prop&ocirc;s-se internamente a melhorar a taxa de vacina&ccedil;&atilde;o global da popula&ccedil;&atilde;o que serve, partindo de 38% no in&iacute;cio do ano. "Promoveu-se uma convocat&oacute;ria maci&ccedil;a dos utentes a descoberto em termos de cobertura vacinal e os nossos enfermeiros foram os l&iacute;deres na modifica&ccedil;&atilde;o desta taxa convocando, aconselhando, vacinando... Em meados do ano 2009 j&aacute; t&iacute;nhamos superado os 50% de cobertura vacinal global", refere, orgulhosa, Helena Boavida. &Agrave; falta de "&agrave; vontade" inform&aacute;tico... Naquele que &eacute;, recorrentemente, um dos pontos mais cr&iacute;ticos no funcionamento das unidades de sa&uacute;de familiar - os sistemas inform&aacute;ticos (SI) - a equipa da USF Farol apresentava tamb&eacute;m algumas limita&ccedil;&otilde;es. "Herd&aacute;mos o sistema SAM, o que nos condicionava relativamente &agrave; possibilidade de extrairmos informa&ccedil;&atilde;o sobre o nosso trabalho. Em Agosto transit&aacute;mos para o sistema operativo VitaCare o que, na vertente de an&aacute;lise em tempo real dos dados referentes &agrave; nossa pr&aacute;tica &eacute; uma mais-valia importante e que faz toda a diferen&ccedil;a permitindo uma reorienta&ccedil;&atilde;o da nossa actividade em fun&ccedil;&atilde;o da cobertura assistencial que desejamos", refere a coordenadora, adiantando que a equipa ainda est&aacute; a adaptar-se e a solicitar os ajustes em falta. "Temos um sistema de informa&ccedil;&otilde;es internas - em formato de papel e agora com o Vitacare por via inform&aacute;tica - que re&uacute;ne todas as novidades e recolhe pareceres entre os elementos da equipa, de modo a que os temas j&aacute; v&atilde;o pr&eacute;-tratados e estudados para as reuni&otilde;es", esclarece a coordenadora, salientando que "o grupo necessita melhorar ainda o seu &agrave; vontade com os bot&otilde;es do computador... &Eacute; necess&aacute;rio tornar o computador nosso aliado, parceiro e c&uacute;mplice na rela&ccedil;&atilde;o com cada utente!". O facto da actividade assistencial este ano ter sido, muitas vezes, "demasiado absorvente" e de os profissionais terem, regularmente, outras actividades (de forma&ccedil;&atilde;o, nomeadamente), faz com que as reuni&otilde;es de equipa formais n&atilde;o tenham tido um formato fixo - o que na programa&ccedil;&atilde;o do pr&oacute;ximo ano j&aacute; foi rectificado de modo a assegurar um trabalho em equipa cont&iacute;nuo", revela a m&eacute;dica. Dossier de boas pr&aacute;ticas "Intr&iacute;nseca e imprescind&iacute;vel". &Eacute; desta forma que a equipa da USF Farol encara a comunica&ccedil;&atilde;o com os utentes. A unidade disponibilizar&aacute; um guia do utente, o que at&eacute; agora n&atilde;o foi poss&iacute;vel pelo facto da equipe n&atilde;o estar completa. Mas, a informa&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o faz-se por outras vias... "H&aacute; uma &aacute;rea na USF Farol pensada e dispon&iacute;vel para o ensino em grupo/educa&ccedil;&atilde;o para a Sa&uacute;de, que foi j&aacute; estreada pelos alunos de Enfermagem, em sess&otilde;es sobre higiene oral dirigidas a grupos de crian&ccedil;as e seus pais", salienta Helena Boavida, acrescentando que &eacute; inten&ccedil;&atilde;o da equipa "rever todos os folhetos informativos, de modo a opta por formatos de consenso e por edi&ccedil;&otilde;es bilingue, a pensar nas fam&iacute;lias n&atilde;o portuguesas". Para al&eacute;m disso, os profissionais aproveitam "instrumentos simples, como as folhas de registo de glicemia ou da tens&atilde;o arterial para incluir informa&ccedil;&otilde;es aos utentes (valores ideais de controlo, por exemplo) o que nos parece envolve e responsabiliza o doente no controlo da sua doen&ccedil;a cr&oacute;nica". Esta equipa algarvia elaborou, ainda, alguns folhetos t&eacute;cnicos com informa&ccedil;&otilde;es &uacute;teis aos profissionais (elaborados por ou em conjunto com internos), com o objectivo de criar um dossier de boas pr&aacute;ticas sobre diversas patologias e procedimentos pertinentes no &acirc;mbito dos CSP (gripe A; indica&ccedil;&otilde;es para espirometria; utiliza&ccedil;&atilde;o do eco-doppler em MGF; anti-coagula&ccedil;&atilde;o; folha resumo dos recursos t&eacute;cnicos dispon&iacute;veis no CS). Secret&aacute;rios cl&iacute;nicos anti-stress No plano do atendimento administrativo, as mudan&ccedil;as face ao modelo organizativo convencional poder&atilde;o n&atilde;o ser as mais significativas, mas ser&atilde;o, certamente, as que mais saltam &agrave; vista... Isto porque, a estrutura de atendimento administrativo foi modificada, tendo-se criado uma "zona mais resguardada para contacto telef&oacute;nico com os doentes, n&atilde;o exposta aos utentes que est&atilde;o na sala de espera, para que estes contactos possam ser "tranquilos" e ocorrer "sem interrup&ccedil;&otilde;es". De acordo com Helena Boavida, "os secret&aacute;rios cl&iacute;nicos' t&ecirc;m sido parte activa na reflex&atilde;o constante sobre como organizar o nosso trabalho di&aacute;rio e modelo de interac&ccedil;&atilde;o interna". T&ecirc;m sido extremamente resistentes ao stress, apesar dos dias ou momentos mais dif&iacute;ceis". De salientar que o facto de a unidade ainda n&atilde;o ter funcionado em 2009 no seu modelo final constituiu um "factor de stress adicional". Para j&aacute;, o formato de secret&aacute;rio cl&iacute;nico de fam&iacute;lia n&atilde;o ser&aacute; adoptado nesta unidade algarvia. "Gostar&iacute;amos [m&eacute;dicos e enfermeiros] que fosse poss&iacute;vel ligar um secret&aacute;rio cl&iacute;nico a uma lista m&eacute;dica, mas a actual estrutura da USF, em termos de recursos humanos, bem como a organiza&ccedil;&atilde;o dos hor&aacute;rios, ainda n&atilde;o o permite", explica a MF.

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