Jornal Médico - USF Villa Longa: em comunidade, tudo se torna fácil

Em Vialonga, o historial de auto-organiza&ccedil;&atilde;o &eacute; extenso. Come&ccedil;ou com o Projecto Alfa e prosseguiu com o RRE. Desde ent&atilde;o a equipa m&eacute;dica tem permanecido praticamente inalterada: arrancou e manteve-se com nove elementos, at&eacute; &agrave; cria&ccedil;&atilde;o da USF Em Vialonga, o historial de auto-organiza&ccedil;&atilde;o &eacute; extenso. Come&ccedil;ou com o Projecto Alfa e prosseguiu com o Regime Remunerat&oacute;rio Experimental. Desde ent&atilde;o a equipa m&eacute;dica tem permanecido praticamente inalterada: arrancou e manteve-se com nove elementos, at&eacute; &agrave; cria&ccedil;&atilde;o da Unidade de Sa&uacute;de Familiar. O mesmo n&atilde;o se pode afirmar relativamente aos enfermeiros e administrativos... Que ao longo do tempo foram sendo desviados para outros locais. O refor&ccedil;o de meios humanos tornou-se, pois, inevit&aacute;vel. A Villa Longa procura hoje ultrapassar limita&ccedil;&otilde;es de espa&ccedil;o e de acessibilidade, mas apresenta um enorme trunfo entre m&atilde;os: est&aacute; bem arreigada na comunidade e conta com a ajuda de uma en&eacute;rgica associa&ccedil;&atilde;o de amigos e volunt&aacute;rios Chegado o momento de preparar a candidatura a Unidade de Sa&uacute;de Familiar, a equipa de profissionais conservava nas suas hostes apenas tr&ecirc;s enfermeiros e cinco administrativos do grupo original do Regime Remunerat&oacute;rio Experimental - RRE (dos quais um n&atilde;o aderiu ao novo projecto, ap&oacute;s doen&ccedil;a prolongada). Em resumo, para refor&ccedil;ar o projecto foram recrutados mais dois m&eacute;dicos, oito enfermeiros e quatro administrativos. Durante este processo, a USF Villa Longa teve de abdicar de quatro enfermeiras, j&aacute; que os hospitais de origem n&atilde;o lhes concederam autoriza&ccedil;&atilde;o para a sa&iacute;da. De acordo com Manuela Victor, coordenadora da USF Villa Longa, a transi&ccedil;&atilde;o do Regime Remunerat&oacute;rio Experimental (RRE) para USF acabou por ser gradual, embora se registassem "momentos de grande expectativa e sacrif&iacute;cio na espera, ap&oacute;s a entrega da candidatura a USF modelo B. Sendo uma equipa com um grande n&uacute;mero de profissionais a mobilizar, as reuni&otilde;es eram sempre p&oacute;s-laborais, com t&eacute;rmino perto da meia-noite. T&iacute;nhamos elementos que vinham de Lisboa, da Parede, de Torres Vedras, num grande esfor&ccedil;o para que o projecto vingasse". A prop&oacute;sito da elabora&ccedil;&atilde;o da candidatura e prepara&ccedil;&atilde;o de documentos, a coordenadora recorda-se das risadas que o grupo partilhava em &eacute;poca natal&iacute;cia: "admit&iacute;amos poupar dinheiro, pois pass&aacute;vamos os fins-de-semana &agrave;s voltas com o regulamento interno". Avan&ccedil;ar com optimismo moderado Com o surgimento da USF Villa Longa, reacenderam-se velhas aspira&ccedil;&otilde;es, mesmo que embrulhadas em algum sentido de realismo. "Como era de esperar, a motiva&ccedil;&atilde;o voltou a instalar-se, tal como antes j&aacute; acontecera com o Projecto Alfa. Reconhecemos, no entanto, que depois dos tempos do RRE - durante os quais enfrent&aacute;mos condi&ccedil;&otilde;es muito adversas - o optimismo ficou abalado e torn&aacute;mo-nos mais cautelosos", aponta Manuela Victor. A entrada em cena da USF permitiu, pelo menos, a recupera&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas que a escassez de pessoal for&ccedil;ara ao abandono. Assim, a generalidade das actividades p&ocirc;de ser garantida entre as 08h00 e as 20h00, para al&eacute;m de se ter recuperado o atendimento telef&oacute;nico permanente (durante o mesmo per&iacute;odo). Os utentes foram observando tamb&eacute;m mudan&ccedil;as evidentes, como a elimina&ccedil;&atilde;o de barreiras f&iacute;sicas ou a altera&ccedil;&atilde;o de portas e balc&otilde;es. Os funcion&aacute;rios passaram a contar com vestu&aacute;rio novo e identificado com o log&oacute;tipo da unidade e apareceram, igualmente, documentos importantes como o guia de utente, folhetos de apoio &agrave;s consultas de diabetes, hipertens&atilde;o, sa&uacute;de materna e planeamento familiar. J&aacute; durante o ano de 2009, iniciou-se a distribui&ccedil;&atilde;o do Boletim da USF, com periodicidade trimestral. "Penso, no entanto, que a grande diferen&ccedil;a foi o facto dos utentes saberem que, de novo, toda a popula&ccedil;&atilde;o inscrita iria ter m&eacute;dico de fam&iacute;lia", acrescenta Manuela Victor. A USF fez quest&atilde;o de se apresentar sem demoras &agrave; sociedade, atrav&eacute;s de uma sess&atilde;o para a qual foram convidadas diversas entidades com influ&ecirc;ncia na din&acirc;mica local (autarquia, entidades religiosas, escolas, bombeiros, for&ccedil;as policiais, imprensa, etc.). No que respeita &agrave; articula&ccedil;&atilde;o com os hospitais, o apoio recebido est&aacute; longe do desejado, o que se lamenta. A USF conta, no futuro e na sequ&ecirc;ncia de experi&ecirc;ncias de interc&acirc;mbio com outras especialidades cl&iacute;nicas, conseguir aliciar servi&ccedil;os hospitalares para parcerias duradouras. Falta de espa&ccedil;o causa fric&ccedil;&otilde;es A popula&ccedil;&atilde;o inscrita na Villa Longa engloba, n&atilde;o s&oacute; utentes de estratos sociais desfavorecidos, mas tamb&eacute;m de etnias com tra&ccedil;os culturais muito pr&oacute;prios, como &eacute; o caso das fam&iacute;lias da comunidade cigana. "Se com os primeiros conseguimos minimizar dificuldades, definindo estrat&eacute;gias com a colabora&ccedil;&atilde;o de outros profissionais do CS, com os segundos as dificuldades s&atilde;o muito mais marcantes, pelas caracter&iacute;sticas do nomadismo que lhes &eacute; inerente", explica a coordenadora. A estas press&otilde;es juntam-se muitas outras, parte integrante da rotina complexa de uma USF que integra mais de 30 elementos, n&uacute;mero que faz desta unidade uma das maiores em Portugal. Gerir atritos nem sempre &eacute; f&aacute;cil, mas o esp&iacute;rito de equipa tem ajudado a ultrapassar os diferendos. Curiosamente, muitos dos contratempos est&atilde;o directamente relacionados com a falta de espa&ccedil;o, uma vez que o grupo aguarda o alargamento das instala&ccedil;&otilde;es. Na proposta inicial de candidatura, os profissionais solicitaram estas altera&ccedil;&otilde;es ao espa&ccedil;o f&iacute;sico e a impossibilidade de as concretizar, at&eacute; ao momento, tem-se revelado um importante factor de perturba&ccedil;&atilde;o. Neste impasse, as estrat&eacute;gias de improviso adoptadas acabam por fazer colidir interesses, degradar rela&ccedil;&otilde;es e aumentar o stress. Acessibilidade &eacute; pedra no sapato O espa&ccedil;o ocupado pela USF tem apenas quatro anos de exist&ecirc;ncia, mas n&atilde;o foi constru&iacute;do de raiz com o intuito de acolher um servi&ccedil;o de sa&uacute;de. V&aacute;rias das limita&ccedil;&otilde;es existentes t&ecirc;m vindo a ser corrigidas com o tempo, mas para a falta de espa&ccedil;o n&atilde;o se encontram rem&eacute;dios imediatos. Manuela Victor detalha as adversidades com que a sua equipa se depara: "somos uma equipa grande, com actividades de forma&ccedil;&atilde;o pr&eacute; e p&oacute;s graduada. Candidat&aacute;mo-nos com a condi&ccedil;&atilde;o de o espa&ccedil;o ser adaptado &agrave; dimens&atilde;o da equipa, havendo a possibilidade de alargar as instala&ccedil;&otilde;es ao piso situado abaixo da USF. Isto implicaria a realiza&ccedil;&atilde;o de obras. Apesar de aprovadas, continuamos a aguardar a sua realiza&ccedil;&atilde;o". &Agrave; semelhan&ccedil;a de solu&ccedil;&otilde;es que podem ser encontradas em outras USF, a Villa Longa pretendia instalar um sistema de gest&atilde;o de atendimento, com pain&eacute;is LCD. Estes ecr&atilde;s transmitiriam ao p&uacute;blico informa&ccedil;&atilde;o sobre os tempos de espera, para al&eacute;m de v&iacute;deos com informa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica e programas televisivos (estaria assim garantida a dispensa de televis&otilde;es nas salas de espera). Todavia, at&eacute; ao momento, n&atilde;o foi poss&iacute;vel contar com este sistema no terreno. Se dentro da unidade s&atilde;o detect&aacute;veis este tipo de problemas, fora, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; mais grave. Isto porque o edif&iacute;cio da Villa Longa situa-se fora do centro de Vialonga, no alto de uma colina &iacute;ngreme. O acesso &eacute; dif&iacute;cil, em particular para quem chega a p&eacute;. Segundo a coordenadora da unidade, "foi criada uma carreira de transportes que melhorou um pouco a situa&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o existe ainda parque de estacionamento para a USF". Outro problema &eacute; a falta de sinaliza&ccedil;&atilde;o para chegar &agrave; USF. Tamb&eacute;m o acesso ao piso inferior para deficientes est&aacute; condicionado ao funcionamento (nem sempre certo) do elevador. Com a projec&ccedil;&atilde;o de obras para um piso adicional, todos estes meios de acesso dever&atilde;o ser revistos. Enfermeiro de fam&iacute;lia concorre para a estabilidade O sector de Enfermagem da Villa Longa est&aacute; j&aacute; organizado de acordo com o modelo do enfermeiro de fam&iacute;lia. Para alcan&ccedil;ar esse objectivo, foi necess&aacute;rio um esfor&ccedil;o acrescido, j&aacute; que v&aacute;rios dos enfermeiros nunca tinham trabalho na &aacute;rea dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP). "O enfermeiro de fam&iacute;lia tem como finalidade o desenvolvimento do m&aacute;ximo de potencialidades do utente para o auto-cuidado, a vigil&acirc;ncia do regime terap&ecirc;utico, a identifica&ccedil;&atilde;o dos sinais de alerta e a preven&ccedil;&atilde;o de complica&ccedil;&otilde;es associadas, garantindo a continuidade dos tratamentos atrav&eacute;s da substitui&ccedil;&atilde;o", avan&ccedil;a Isabel Ribeiro Alves, respons&aacute;vel pelo sector de Enfermagem na Villa Longa. Na &oacute;ptica do grupo, a exist&ecirc;ncia de enfermeiro de fam&iacute;lia promove estabilidade, seguran&ccedil;a, descontrac&ccedil;&atilde;o, redu&ccedil;&atilde;o de ansiedade e &eacute; um suporte fundamental para a fam&iacute;lia que tem um doente retido no domic&iacute;lio. Encara assim esta forma de organiza&ccedil;&atilde;o como rent&aacute;vel, pois a prioridade dos cuidados &eacute; desenhada de acordo com as necessidades identificadas pelas fam&iacute;lias. Isabel Ribeiro Alves explica, por&eacute;m, que nem tudo corre de vento em popa, j&aacute; que "a aus&ecirc;ncia de espa&ccedil;o f&iacute;sico (falta de gabinetes de enfermagem) limita os atendimentos por enfermeiro de fam&iacute;lia". Aguarda-se, pois, que se concretize o projecto de obras no piso inferior, de modo a que o modelo possa crescer em pleno. Associa&ccedil;&atilde;o de amigos mobiliza recursos S&atilde;o m&uacute;ltiplos os projectos desenvolvidos pela Villa Longa na comunidade, na &aacute;rea da preven&ccedil;&atilde;o e promo&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de. A come&ccedil;ar pelo rastreio de obesidade nas escolas do 1&ordm; ciclo, com posterior interven&ccedil;&atilde;o junto dos pais e na pr&oacute;pria escola (melhoria da dieta nas cantinas e defini&ccedil;&atilde;o de exerc&iacute;cios espec&iacute;ficos para crian&ccedil;as em risco, na aula de Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica). Os enfermeiros e m&eacute;dicos desta unidade participam, tamb&eacute;m, num projecto ligado &agrave; viv&ecirc;ncia de uma sexualidade segura, direccionado para alunos do 7&ordm; ano de escolaridade e no Gabinete de Apoio &agrave;s Fam&iacute;lias, atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de sess&otilde;es de educa&ccedil;&atilde;o para a sa&uacute;de com fam&iacute;lias em risco. H&aacute; que destacar, no contexto das rela&ccedil;&otilde;es estabelecidas entre a USF e a comunidade, a cria&ccedil;&atilde;o da Associa&ccedil;&atilde;o de Volunt&aacute;rios e Amigos de Villa Longa (AVAVILLA), uma entidade com capacidade para formar volunt&aacute;rios, sinalizar e monitorizar o acompanhamento de idosos referenciados. "Este era um sonho antigo, que vinha do Projecto Alfa que nunca tinha sido concretizado. Apesar de ser um facto pouco divulgado at&eacute; agora, penso que fomos uma das primeiras USF a ter uma liga de amigos com estas caracter&iacute;sticas", arrisca Manuela Victor. Segundo o presidente da AVAVILLA, Ant&oacute;nio Gon&ccedil;alves, o "trabalho volunt&aacute;rio na comunidade permite envolver os utentes em ac&ccedil;&otilde;es desenvolvidas junto dos doentes em situa&ccedil;&atilde;o de isolamento e solid&atilde;o, ou em ac&ccedil;&otilde;es programadas para grupos espec&iacute;ficos". O mesmo respons&aacute;vel assegura que no intuito de dar no&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas nas &aacute;reas de presta&ccedil;&atilde;o de cuidados de sa&uacute;de, patologias frequentes e &eacute;tica, foi estabelecido um plano de forma&ccedil;&atilde;o (com periodicidade mensal) para os volunt&aacute;rios. Este envolve o contributo de m&eacute;dicos, enfermeiros, advogados e de uma psic&oacute;loga. De referir que a Junta de Freguesia de Vialonga tem dado um claro apoio &agrave; AVAVILLA, ao disponibilizar espa&ccedil;o para reuni&otilde;es. O anterior presidente da junta desempenha tamb&eacute;m a fun&ccedil;&atilde;o de vogal da mesa da Assembleia Geral da AVAVILLA. A autarquia de Vila Franca de Xira tornou-se, entretanto, s&oacute;cia da associa&ccedil;&atilde;o. Antes de apresentar a candidatura, a USF auscultou a Comiss&atilde;o de Utentes da Sa&uacute;de de Vialonga, uma entidade que at&eacute; a&iacute; se mostrara bastante reivindicativa. Aquela comiss&atilde;o acabou por transmitir aos profissionais que, na sua perspectiva, o mais importante na transforma&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os seria a manuten&ccedil;&atilde;o do hor&aacute;rio de funcionamento at&eacute; &agrave;s 22 horas, j&aacute; que grande parte da popula&ccedil;&atilde;o activa residente em Vialonga trabalha em Lisboa. "A manuten&ccedil;&atilde;o desse hor&aacute;rio n&atilde;o est&aacute; s&oacute; nas nossas m&atilde;os, mas nas da direc&ccedil;&atilde;o do Centro de Sa&uacute;de e da Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de tendo-nos sido transmitida a informa&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o ser&aacute; para continuar em 2010", contrap&otilde;e Manuela Victor. Administrativos ainda amarrados ao SINUS V&iacute;tor Dion&iacute;sio, respons&aacute;vel pela &aacute;rea administrativa da Villa Longa, confessa que, no per&iacute;odo inicial de actividade, os secret&aacute;rios cl&iacute;nicos da USF se depararam com alguns problemas para gerir os processos de informa&ccedil;&atilde;o, devido sobretudo &agrave; escassez de recursos (hardware e software). "Apenas em Outubro de 2008 - quase seis meses ap&oacute;s o arranque da USF - foram instalados novos computadores e implementada a aplica&ccedil;&atilde;o Medicine One. No que concerne ao sector administrativo, esta &uacute;ltima veio trazer uma mais-valia ao seu desempenho", garante V&iacute;tor Dion&iacute;sio. Este profissional lamenta, por&eacute;m, que ainda n&atilde;o tenha sido poss&iacute;vel &agrave; empresa fornecedora da aplica&ccedil;&atilde;o entregar o m&oacute;dulo de cobran&ccedil;a de taxas moderadoras, facto que obriga a equipa a recorrer diariamente ao SINUS. Na reforma, o dinheiro n&atilde;o &eacute; tudo... Para Manuela Victor a cria&ccedil;&atilde;o da Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios, entidade composta por representantes de profissionais do sector, traduz a vontade de que os interesses dos profissionais sejam salvaguardados no processo de reestrutura&ccedil;&atilde;o dos CS. "Analisando todas as altera&ccedil;&otilde;es introduzidas ou planeadas por esta reforma, considero que os interesses dos utentes foram considerados como prioridade", acrescenta a coordenadora da USF. A m&eacute;dica de fam&iacute;lia considera que nunca o empenho reformista chegou t&atilde;o longe nos CSP, embora subsistam entraves legislativos e dom&iacute;nios por consolidar, que poder&atilde;o vir a revelar-se fr&aacute;geis se houver vontade de fazer retroceder as conquistas alcan&ccedil;adas. Manuela Victor diz-se satisfeita com o investimento financeiro que a tutela aplicou na reforma: "o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e o Governo fizeram um esfor&ccedil;o para atribuir &agrave; reforma os recursos financeiros necess&aacute;rios, facto que &eacute; vis&iacute;vel em legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica (veja-se o Decreto-Lei n&ordm; 5/2007, de 8 de Janeiro, ou o DL n&ordm; 48/2008, de 13 de Mar&ccedil;o)". Para a coordenadora da Villa Longa, o dinheiro n&atilde;o pode ser, todavia, interpretado como uma condicionante absoluta, j&aacute; que outros valores mais altos se levantam: "todos estamos conscientes de que a crise econ&oacute;mica trouxe problemas acrescidos. Penso, no entanto, que as dificuldades na implementa&ccedil;&atilde;o das altera&ccedil;&otilde;es pedidas &agrave;s USF se devem a desencontros na organiza&ccedil;&atilde;o, e n&atilde;o s&oacute; a falta de recursos financeiros".

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