Jornal Médico - CS Norton de Matos recebe a nota máxima

Os centros de sa&uacute;de Norton de Matos, em Coimbra, dos Olivais, em Lisboa, e o de Fafe, no distrito de Braga, s&atilde;o os que melhor funcionam no pa&iacute;s, segundo um inqu&eacute;rito realizado pela revista Proteste a 4.300 utentes Os Centros de Sa&uacute;de Norton de Matos, em Coimbra, dos Olivais, em Lisboa, e o de Fafe, no distrito de Braga, s&atilde;o os que melhor funcionam no pa&iacute;s, segundo um inqu&eacute;rito realizado pela revista Proteste da Deco (Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa para a Defesa do Consumidor) a 4.300 utentes. As tr&ecirc;s unidades de sa&uacute;de recolheram notas superiores a 75, numa escala de 100 pontos. Dos "top ten" fazem parte, por ordem decrescente, os Centros de Sa&uacute;de de Celas, Guimar&atilde;es, &Eacute;vora, Tomar, Portalegre, Gondomar e Matosinhos. CS Norton de Matos resolve situa&ccedil;&otilde;es agudas no pr&oacute;prio dia Rui Nogueira, m&eacute;dico de fam&iacute;lia da USF Briosa, do Centro de Sa&uacute;de Norton de Matos, salienta o sentimento de satisfa&ccedil;&atilde;o dos profissionais de sa&uacute;de pelo reconhecimento dos utentes, patente no estudo da Deco. E tamb&eacute;m de preocupa&ccedil;&atilde;o porque... Depois destes resultados, "s&oacute; podemos mesmo manter o primeiro lugar". Trata-se de uma grande responsabilidade mas o m&eacute;dico afirma que os profissionais est&atilde;o dispostos a continuar a corresponder e mesmo a superar as expectativas dos utentes. No Centro de Sa&uacute;de Norton de Matos, todas as situa&ccedil;&otilde;es agudas s&atilde;o atendidas no pr&oacute;prio dia, independentemente dos utentes pertencerem &agrave; USF ou &agrave; Unidade de Cuidados de Sa&uacute;de Personalizados (UCSP). Na USF Briosa, o tempo m&eacute;dio para uma consulta "normal" ronda as duas semanas. Mas para al&eacute;m do atendimento de todos os casos agudos no pr&oacute;prio dia, existem ainda as "marca&ccedil;&otilde;es de curto prazo". Diariamente, todos os m&eacute;dicos reservam uma ou duas vagas para essas marca&ccedil;&otilde;es, que s&atilde;o realizadas com dois a tr&ecirc;s dias de anteced&ecirc;ncia pelas secret&aacute;rias cl&iacute;nicas, em fun&ccedil;&atilde;o da situa&ccedil;&atilde;o apresentada pelo utente. N&iacute;vel de satisfa&ccedil;&atilde;o aumentou em compara&ccedil;&atilde;o com 2004 Em geral, o n&iacute;vel de satisfa&ccedil;&atilde;o com o funcionamento dos estabelecimentos subiu desde o &uacute;ltimo inqu&eacute;rito do mesmo tipo que a Deco levou a cabo, publicado em 2004, refere a associa&ccedil;&atilde;o. Em 45 centros avaliados nos dois estudos, apenas nove baixaram as classifica&ccedil;&otilde;es. "O maior trope&ccedil;&atilde;o pertence a Beja, com uma descida de nove pontos", refere o documento. As respostas ao inqu&eacute;rito, realizado em Novembro de 2008, permitiram avaliar 70 centros de sa&uacute;de. Para os restantes n&atilde;o foram obtidos dados suficientes. Em compara&ccedil;&atilde;o com um estudo semelhante realizado pela Deco em 2004, os portugueses est&atilde;o mais satisfeitos com os centros de sa&uacute;de, mas ainda esperam muito pelas consultas. De acordo com o inqu&eacute;rito agora efectuado, quatro em cada 10 pacientes aguardam, pelo menos, um m&ecirc;s pela consulta com o m&eacute;dico de fam&iacute;lia. Neste aspecto, a situa&ccedil;&atilde;o piorou face ao &uacute;ltimo estudo da associa&ccedil;&atilde;o, em 2004: a longa espera atinge, agora, mais 6% de utentes. O Norte e o Algarve s&atilde;o as regi&otilde;es mais atingidas pela demora: quase metade dos utentes denuncia intervalos superiores a um m&ecirc;s entre a marca&ccedil;&atilde;o e o encontro com o m&eacute;dico de fam&iacute;lia. E quando este profissional pede uma consulta de urg&ecirc;ncia no hospital, mais de um quarto dos inquiridos espera, pelo menos, dois meses. Cria&ccedil;&atilde;o de novas USF vai melhorar o acesso Num coment&aacute;rio &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa sobre o inqu&eacute;rito da Deco, o Secret&aacute;rio de Estado da Sa&uacute;de, Manuel Pizarro, diz que reflecte duas realidades: "por um lado, que tem havido uma inequ&iacute;voca melhoria", com os portugueses a manifestarem-se mais satisfeitos com o acesso aos centros de sa&uacute;de e, por outro, evidencia que "ainda h&aacute; problemas por resolver em termos de acesso e de tempo de espera". "Esses problemas t&ecirc;m uma raz&atilde;o de ser principal, que &eacute; a falta relativa de m&eacute;dicos em Portugal, sobretudo de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia", sublinhou. Manuel Pizarro lembrou "tr&ecirc;s medidas estruturais" para ultrapassar esta situa&ccedil;&atilde;o: aumento do n&uacute;mero de alunos que entram para as faculdades de Medicina e do n&uacute;mero de vagas no internato m&eacute;dico para cl&iacute;nicos gerais e a cria&ccedil;&atilde;o do curso de Medicina na Universidade do Algarve, uma das regi&otilde;es do pa&iacute;s com maior car&ecirc;ncia de m&eacute;dicos. Em 2005 entraram cerca de mil alunos para as faculdades de Medicina e este ano lectivo 1658. O aumento do n&uacute;mero de m&eacute;dicos na especialidade de medicina geral e familiar tamb&eacute;m "&eacute; essencial para o acesso dos portugueses aos centros de sa&uacute;de", adiantou o governante. No entanto, admitiu, "enquanto estas medidas estruturais n&atilde;o fazem efeito, vamos continuar a ter dificuldades. A nossa expectativa &eacute; que, com a cria&ccedil;&atilde;o de novas Unidades de Sa&uacute;de Familiar (USF), os portugueses tenham melhor acesso aos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios", frisou.

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